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Como educar o lead do mercado de educação sobre dados?

Quando falamos de inteligência de dados para profissionais do setor educacional, ainda é comum obtermos respostas com um certo tom de estranhamento. Entretanto, esse é um panorama que vem mudando drasticamente, principalmente depois que a pandemia obrigou as instituições de ensino a implementarem soluções de educação a distância. 

 

Essa mudança radical na rotina tem contribuído para que, cada vez mais, as escolas coletem e armazenem enormes quantidades de dados, e de forma digital, sobre seus alunos e processos. Dentre eles:

 

  • dados pessoais de alunos;
  • dados de frequência de aulas;
  • inadimplência dos alunos
  • histórico de professores;
  • conteúdo e histórico lecionado;
  • índices de desempenho e notas; 
  • índices de aprovação;
  • dados de mensalidades;
  • e muitos outros.

 

Todavia, muitas dessas informações ainda se perdem no caminho, de forma que os professores e demais colaboradores não conseguem controlar suas demandas ou aplicar esse conhecimento com eficiência.

 

A verdade, é que coletar os dados é apenas metade da batalha. As escolas também devem descobrir como gerenciá-los para que se tornem fontes realmente úteis no momento de adotar novas estratégias que visem melhorar o desempenho dos alunos e a produtividade dos colaboradores.

 

Então, como convencer esse mercado ainda tão conservador de que este é o momento certo para abandonar o uso de planilhas de Excel e registros de papéis em seus processos de gerenciamento de informações? Se você está buscando maneiras de fortalecer seus argumentos em prol da digitalização do setor educacional, acompanhe os benefícios comprovados abaixo.

 

1. Garante a segurança dos dados

 

Para o gerenciamento adequado e seguro dos dados, a utilização de tecnologias é uma necessidade absoluta. A quantidade massiva de informações geradas a cada segundo pelas instituições de ensino, se gerenciadas manualmente ou em papéis, acabam criando espaço para erros humanos e vazamento dessas informações. 

 

Do contrário, quando as escolas analisam sistemas de gerenciamento de dados para esse fim, essas EdTechs precisam incluir cláusulas de proteção de privacidade para os alunos. Desta maneira, todas as informações são protegidas, pois esses softwares seguem as importantes e obrigatórias diretrizes ditadas pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). 

 

Além disso, os sistemas de gestão de dados fornecem acesso apenas a usuários de rede autorizados. Sem uma senha para os sistemas, não é possível acessar as informações da escola. Dessa forma, os dados confidenciais dos alunos são mantidos seguros e protegidos.

Por fim, ao manter todos os dados em um só lugar, é mais fácil para as escolas garantirem registros mais consistentes de seus alunos, e, com isso, sustentarem uma entrega mais idônea de seus serviços. 

 

2. Evita a perda de dados

 

Com esse aumento considerável de dados para gerenciar, as instituições de ensino precisam se preocupar ainda mais com a integridade dessas informações, afinal, quando ocorre a perda desses dados, isso prejudica não apenas a reputação, mas também a rotina de planejamento de aulas e atividades programadas por diversos colaboradores envolvidos, incluindo o setor financeiro.

 

Algumas instituições trabalham com administradores de sistema para resolver essa questão. Esses profissionais geralmente precisam fazer backups regulares dos arquivos com sistemas antigos de processamento para garantir que os dados estejam seguros e acessíveis. Isso leva muito tempo, principalmente se a escola contar com milhares de arquivos em seu sistema. Por isso, o ideal é contratar um sistema de gestão de dados online e na nuvem. Isso porque, mesmo que aconteça algum acidente com a máquina matriz, os dados estarão protegidos na internet, excluindo a necessidade de se fazer backups manuais regularmente. 

 

Uma plataforma eficaz e projetada com um processo de backup e recuperação automatizado, resolverá essa questão sem grandes necessidades de intervenção humana. Isso garante que as informações armazenadas no sistema estejam prontamente disponíveis para a análise e uso dos usuários. 

 

3. Mais credibilidade para a instituição

 

Não é surpresa que 2020 ficou marcado como o ano que revolucionou o setor de educação. Com a crise do coronavírus, muitas escolas se depararam com novas exigências proveniente de pais ainda mais preocupados com o futuro de seus filhos. 

 

Uma pesquisa feita em 2020 pela Globo, em parceria com o Instituto Toluna, colheu respostas de 1.500 alunos do Brasil inteiro, e revelou que 83% deles se sentem mais pressionados em relação ao seu futuro acadêmico e profissional, principalmente levando em conta as mudanças no mercado de trabalho.

 

Rafael Garey, head de estratégia no segmento de educação no time de inteligência de mercado da Globo afirmou que:

 

"Quanto maior a base de alunos formados no Ensino Fundamental e Médio, mais estudantes terão a oportunidade de ingressar no Ensino Superior. Para aumentar esse ingresso, que hoje soma 16%, é preciso incentivar projetos que ampliem o acesso – como, por exemplo, iniciativas de financiamento estudantil – e soluções para melhoria de conectividade, além de inovações em metodologias que permitam aos estudantes aprender melhor.”

Com esse cenário, fica claro que as escolas que não apresentarem uma proposta de valor coerente com esse mercado digital, certamente ficarão a ver navios diante de concorrentes mais bem preparados.

 

4. Aprimora o ensino

 

Todos sabemos que, em uma sala com diversos alunos, nem sempre é possível auxiliar todos da melhor maneira, principalmente em escolas com práticas de gestão mais tradicionais. 

 

Entretanto, os professores sabem bem que, ao aprofundar nas particularidades dos educandos, o processo de orientação se torna mais eficaz. Dito isso, os dados acessíveis aos professores devem ir além do que apenas pontuações de testes e trabalhos aplicados. 

 

É preciso um registro de informações valiosas sobre as experiências acadêmicas, sociais, culturais e comportamentais dos alunos, incentivando uma conexão maior entre professores e estudantes, e transformando a maneira como o aprendizado acontece.

 

Esses detalhes registrados sobre o comportamento de cada aluno são essenciais para entender a melhor forma de ensino para cada um, e até mesmo enxergar alguma dificuldade de aprendizado. Então, como os gestores das escolas podem fazer para que essa seja uma realidade para seus professores de forma mais eficiente e escalável?

 

Simples. Ao investir em tecnologias online de gestão, é importante que se incluam espaços para sugestões e feedbacks de pais e alunos, além de disponibilizar aos educadores alguns locais de anotações e possíveis medidas para adotar para cada estudante, e, assim, amparar o crescimento dos mesmos de forma mais personalizada.

 

O ideal é que os pais dos alunos estejam envolvidos nesse processo, pois além de contribuírem com observações importantes, eles poderão trabalhar com seus filhos esses tópicos citados pelos educadores. Desta maneira, o processo de desenvolvimento dos alunos terá mais engajamento e, consequentemente, melhores resultados.

 

5. Mais produtividade 

 

O bom desempenho dos professores depende de alguns fatores, como as condições de trabalho oferecidas, a forma de gestão da instituição e os materiais e ferramentas disponibilizados pela escola. 

 

Neste contexto, a tecnologia deve ser vista como a principal aliada na busca pelo aumento da produtividade dos professores. Por um longo período de tempo, muitos processos e planejamentos em sala de aula foram feitos de forma manual ou por planilhas, tornando burocrático o gerenciamento de todas as demandas em meio a informações espalhadas.

 

Com o avanço da tecnologia, esses processos já podem ser transferidos do manual para o digital. Dessa maneira, os dados importantes ficam armazenados em sistemas de gestão que facilitam o acesso do professor e agilizam o seu trabalho. Isso proporciona economia de tempo, além de oferecer maior controle das informações. 

 

Importante ressaltar que, é indispensável investir na capacitação de professores e líderes escolares para que o uso dessas tecnologias seja feito com sabedoria e eficácia, e levando assim todos os colaboradores a vivenciarem uma cultura de dados. Afinal, ela veio para ficar.

 

Conclusão

A era dos dados trouxe uma ampla variedade de metodologias e aplicativos em muitos setores, mas é perceptível a grande oportunidade que essa área de conhecimento tem de mudar o mercado de educação. 

Embora a gestão de dados já seja parte integrante de muitas organizações, ainda é uma novidade para muitas instituições educacionais que tradicionalmente demoram a adotar novas tecnologias. Portanto, é importante visualizar esse momento como um oceano azul de possibilidades no momento de transmitir esse conhecimento. 

 

É através de uma venda consultiva, e de um processo comercial bem planejado, que as EdTechs garantirão às instituições de ensino o entendimento deste novo mundo. Então, mãos à obra!